Ernst Gombrich, famoso historiador de arte, afirmou, certa vez que, nada existe realmente a que se possa dar o nome de Arte. Existem somente artistas.

E é assim que vejo  Max GPinto, um artista discreto, que deixa sua obra falar por si. Faz pouco alarde sobre suas conquistas, coisa rara em tempos modernos onde tudo é “compartilhado” nas redes sociais, ou em qualquer outro canto que se possa fazer barulho pelos feitos conquistados.

Max participou, no início de setembro,  da Berliner Liste, a maior feira de arte da capital alemã. Mais de cem galerias internacionais expõe no evento. O grande diferencial desta feira é ser reconhecida internacionalmente como a “feira da descoberta” de novos talentos. O artista autônomo, pode se inscrever sem depender de uma galeria ou um marchand.

E foi assim, discretamente que o fotógrafo, Max GPinto, foi selecionado para a 8º edição do evento. São 80 artistas expositores, entre muitos alemães, é claro, encontramos também trabalhos de chineses, franceses, italianos, sérvios, canadenses e um único representante da América Latina, Max o discreto e despretensioso artista paulistano.

GPinto, consegue um feito raro no mundo de fotógrafos que atuam na grande imprensa, desenvolve seus trabalhos autorais com maestria e disciplina. A fotografia, em seu trabalho, dialoga com a linguagem das artes plásticas, mais precisamente com as colagens que nos remete a pop art.

O destaque fica para a série intitulada “Errr“, realizada com base em prints fotográficos das agências noticiosas.  Max intervêm na carga de tinta da impressora que “marca”, “suja” ou “pinta” a imagem. Criando um desassossego no olhar de quem busca ver a fotografia, mas encontra sua fulgurância quase demente mas de genial claridade diante de nossos olhos. Um trabalho nascido no mundo da informação.